24 maio 2007

PODERIA SER COM VOCÊ

Dia 22 postei uma reflexão sobre o risco de nos tornarmos um "ESTADO POLICIAL". Agora, em função dos vazamentos constantes da PF:
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Gilmar Mendes classifica de "fascistas" e "canalhice" métodos da PF na
Operação Navalha
Fonte: Último Segundo/ Santafé Idéias
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O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, acusou, na noite desta quarta-feira, a Polícia Federal de se utilizar de estratégias "facistas" para investigar acusados de irregularidades e classificou de "canalhice" o fato de informações sigilosas sobre o inquérito da Operação Navalha terer sido difundidas para a imprensa.
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No desabafo, ocorrido após a abertura da exposição "As Constituições Brasileiras", na sede do STF, Mendes responsabilizou o ministro da Justiça, Tarso Genro, pelo vazamento das informações, ressaltando que a Polícia Federal, que é subordinada a Genro, tem feito "terrorismo com a democracia" durante as operações.
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A irritação do ministro do STF foi motivada por informações de que seu nome aparecia em uma suposta lista de "mimos" ofertados pela construtora Gautama, apontada como chefe do esquema de fraudes em licitações públicas. Na verdade, o nome que aparece nas escutas telefônicas é de Gilmar de Melo Mendes, e não do ministro, cujo nome completo é Gilmar Ferreira Mendes.
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"É responsabilidade do ministro da Justiça responder por esses vazamentos. Eu disse hoje ao ministro Tarso que esse tipo de prática revela uma canalhice. Não podemos brincar com as pessoas sérias do País. É cinismo falar em segredo de Justiça nesse momento. Cínico é o quadro que vivemos no país. É uma lógica absolutamente totalitária. Então, rasguem a Constituição", argumentou o magistrado.
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Na tarde desta quarta, o ministro já havia provocado mal-estar no STF ao declarar, em resposta ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que "algumas pessoas deveriam freqüentar aulas elementares de Direito Constitucional para emitir opinião [sobre libertação de investigados]".
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Souza havia avaliado que a ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, relatora do inquérito da Operação Navalha, "tem mais condições de conhecer melhor os fatos, o que permite uma interpretação mais segura [sobre a liberdade de investigados]". "A lei comporta interpretação. O conhecimento melhor dos fatos permite uma interpretação mais segura", disse na ocasião o procurador-geral.

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